Sobre encontros e despedidas

Acho que nos últimos 30 dias fui mais ao Aeroporto de Brasília que ao forró no qual até há pouco tempo eu costumava bater ponto nas quintas e sextas. Fui deixar pessoas, fui buscar pessoas. Entre a despedida e o encontro tudo passou, em geral, como uma boa viagem da CVC – 7 dias. E quando é assim… Aahh, quando é assim não dá nem tempo de sentir aquela saudade que faz doer, não é mesmo?

O problema é que nem todos os meus “Tchaus” significaram “até logo”. Alguns foram mais para o “até mais ver” dos mineiros ou literalmente para um “quem sabe um dia”.  Nem todos os meus abraços foram aqueles de meio corpo e 5 segundos. Muito pelo contrário, foram daquele tipo que se fosse pela vontade eu deitava no abraço e alí ficava, e ficava mais um pouquim, e ficava mais, e montava morada pelo menos até a pessoa perder o vôo.

Aahhh!! Se fosse Neruda no meu lugar diria: “Puedo escribir los versos mas tristes esta noche…”.  Já se fosse um escritor de livro de autoajuda talvez diria algo como: “as despedidas me farão ficar mais forte e encarar a vida com outros olhos”. E se fosse eu lá no México na minha época de intercâmbio, talvez eu teria forças para dizer: “Ay, ay, ay, ay, canta y no llores…”

Mas o instante é agora. E se eu tivesse o poder de eliminar esse tipo de despedida igual prova do Cespe – com penalidade e sem recurso – eu eliminaria na hora! É que tal como Neruda, escrevo neste instante as palavras mais tristes…. É que, tal como alguém que gosta, tudo em mim hoje é saudade. Oohh, saudade, queria que você nem chegasse.

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